“Portanto, ide”…

Amy Carmichael, foi uma irlandesa que em 1887 escutou Hudson Taylor falar sobre sua vida missionária. Ao escutar essa história, Amy saiu decidida a se entregar a uma vida inteiramente dedicada à missão. Decidiu viver longe de tudo e todos que amava e na Índia encontrou um lar e pessoas para servir e amar. Ao ser questionada, no finzinho de sua vida sobre o que significava tudo o que havia vivido, ela disse “A vida missionária é simplesmente uma forma de morrer”. Quando li essa história, fiquei pensando por horas nesta frase e no que ela significa pra mim. Sempre escutei histórias de gente que largou tudo e decidiu viver inteiramente por Cristo, e eu me perguntava, como eles conseguiram? Qual é o grande segredo para viver assim? Amy me disse o segredo hoje, pela manhã. O viver missionário é simplesmente morrer. Morrer pra si mesmo e entender que essa vida só faz sentido quando entendemos que somos chamados a tomar o lugar dos grandes personagens bíblicos, chamados a nos derramar sobre a cruz para que o sacrifício de Cristo nos impulsione a servir, chamados a entender que “para um tempo como este chegamos ao reino”. Olhe ao seu redor. Nosso mundo é um vasto hospital em que não ousamos nem mesmo permitir que nossos pensamentos se demorem. A todos, grandes e pequenos, velhos ou jovens, doutos ou ignorantes, é dada a ordem de IR. Ir simplesmente porque aqueles heróis já não estão aqui. Eles esperam por nós para que ao completarmos nossa carreira, ao guardarmos nossa fé, eles possam alcançar a concretização da promessa. Ir simplesmente porque há muito sofrimento no mundo e o coração do Eterno o sofre por inteiro. Ir simplesmente porque existem pessoas que vivem sem esperança alguma e com o coração ferido clamam em seu anelo de conhecimento do Deus de amor. Ir simplesmente porque a própria natureza geme esperando a manifestação dos filhos de Deus. Ir simplesmente porque não há sentido em um viver que não vive para servir. Ir simplesmente porque antes de nós, Ele escolheu IR, por nós. Ele não abandonou apenas um país ou seus familiares, Ele abriu mão de tudo. Diante de tal amor, de tal sacrifício, nossa resposta ao mandato “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” só faz sentido se for: eis-me aqui, envia-me a mim. Como então viveremos? INDO!

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